A Complexidade das Emoções e o Caminho do Autoconhecimento

Desde cedo, somos moldados por fatores culturais, ambientais e pela educação que recebemos. A forma como aprendemos a lidar com nossas emoções na infância define, em grande parte, o modo como sentimos e nos comportamos na vida adulta. Muitas dessas emoções, no entanto, acabam sendo reprimidas, engavetadas no inconsciente, onde, silenciosamente, continuam atuando.

Com o passar do tempo, essas emoções não elaboradas começam a deixar marcas. Elas criam fragilidades que, mais cedo ou mais tarde, são ativadas por situações específicas, os famosos gatilhos emocionais. Quando isso acontece, temos a sensação de estar sendo tomados por algo maior do que nós. Como afirmou Carl Jung, “Até você se tornar consciente, o inconsciente irá dirigir sua vida e você vai chamá-lo de destino.”

Entendendo Emoções e Sentimentos

É comum confundirmos emoções e sentimentos, mas é importante saber que eles não são a mesma coisa. As emoções são respostas biológicas rápidas, automáticas e muitas vezes inconscientes diante de estímulos. Já os sentimentos são interpretações mentais dessas emoções, são o que nossa mente constrói a partir do que sentimos no corpo.

Essa distinção é fundamental para o autoconhecimento. Porque enquanto emoções acontecem automaticamente, os sentimentos envolvem uma elaboração mental. Se não sabemos o que estamos sentindo, corremos o risco de atribuir à nossa personalidade reações que são, na verdade, apenas emoções mal compreendidas. A raiva, o medo ou a tristeza, quando não reconhecidos, podem se transformar em comportamentos disfuncionais que passam a nos definir, ou ao menos, assim pensamos.

O Cérebro e os Caminhos da Emoção

A neurociência tem demonstrado como determinadas regiões do nosso cérebro, como a amígdala e o córtex pré-frontal, são ativadas diante de emoções intensas. Essas ativações criam padrões neurais que, se repetidos muitas vezes, moldam nosso comportamento de forma quase automática. O cérebro tende a reforçar os caminhos já trilhados. Isso explica por que reagimos sempre da mesma maneira diante de determinadas situações.

Quando vivemos um trauma, por exemplo, ele pode deixar registros profundos no nosso sistema límbico. Basta uma lembrança, um cheiro ou um tom de voz específico para disparar toda uma cascata emocional. E mesmo que a mente racional tente explicar, minimizar ou justificar, o corpo sente. E é esse sentir que precisa ser acolhido, compreendido e transformado.

A Importância de Reconhecer as Emoções

Durante muito tempo, eu acreditava que entendia minhas emoções. Afinal, sempre fui reflexivo, buscava compreender meus comportamentos e justificava minhas reações com alguma lógica. Mas descobri, em terapia, que entender racionalmente é apenas uma parte do processo. O verdadeiro ponto de virada acontece quando nos permitimos sentir, de verdade.

Percebi que, muitas vezes, a história que contamos para nós mesmos para lidar com algo difícil serve apenas como um mecanismo de defesa. Enquanto não me permitia sentir profundamente o que estava escondido ali, não conseguia mudar. E foi só a partir dessa entrega ao sentir que comecei a acessar camadas mais profundas de mim mesmo, aquelas que estavam abafadas há anos.

Minha Jornada com o Cíngulo

No início da minha terapia, enfrentei crises recorrentes de ansiedade. Foi um momento delicado, em que percebi que precisava de ajuda para compreender o que estava acontecendo dentro de mim. Minha psicóloga, na época, indicou o uso do Cíngulo, um aplicativo de autoconhecimento e saúde mental que se tornou um verdadeiro aliado nessa caminhada.

O Cíngulo me ajudou a identificar emoções que até então eram invisíveis para mim. As trilhas emocionais oferecidas pelo app me conduziam por reflexões profundas, além de propor exercícios e práticas que me auxiliavam a lidar com o que emergia. O diário emocional, uma das ferramentas do aplicativo, tornou-se um espaço seguro para registrar e observar minhas transformações.

Insidelic e a Expansão do Processo Terapêutico

Com o tempo, fui me aprofundando ainda mais nesse processo. Conheci o trabalho do Dr. Diogo Lara, criador do Cíngulo e da técnica chamada AIM (Abordagem Integrada da Mente), que me impactou profundamente. Essa metodologia promove uma verdadeira “cirurgia da mente“, conduzindo a ressignificações de memórias e padrões que sustentam dores emocionais.

Hoje, estou participando da formação de facilitadores da metodologia Insidelic, criada pelo Dr. Diogo. Trata-se de um processo terapêutico estruturado, que acessa memórias, emoções e aspectos essenciais do ser, promovendo cura e transformação. Meu objetivo, além de aprofundar meu próprio autoconhecimento, é futuramente auxiliar outras pessoas a também acessarem suas próprias verdades e se libertarem de seus condicionamentos.

Feeling Lab: Um Espaço para Sentir e Ser

Essa jornada pessoal foi o que me motivou a criar o Feeling Lab. Um espaço dedicado à investigação das emoções, à autorregulação e ao desenvolvimento da consciência emocional. Assim como o Thinking Lab nasceu do desejo de entender como pensamos, o Feeling Lab surge para nos ajudar a entender como sentimos, e como isso afeta a forma como vivemos, decidimos e nos relacionamos.

Desbravar o mundo das emoções é, sem dúvida, um desafio. Mas também é um caminho de libertação. Quando temos acesso às ferramentas certas e nos permitimos mergulhar nesse universo interior, conseguimos reencontrar o nosso eixo e viver de forma mais leve, autêntica e presente.

Autor

Sou um apaixonado pelo estudo da mente humana, com mais de 20 anos de experiência em comunicação, marketing e negócios.

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