Minha Jornada de Autoconhecimento e as Múltiplas Dimensões do Ser

O autoconhecimento, para mim, sempre foi mais do que uma busca, foi um propósito de vida. Minha jornada começou cedo, por volta dos dezoito anos, num momento em que eu tentava me encontrar no mundo. As inquietações eram muitas, mas havia uma, em especial, que me acompanhava com frequência: o desejo de compreender o sentido da existência e o meu lugar nesta vida.

No fundo, o que eu buscava era estar bem comigo mesmo. Mas, naquela época, eu ainda não entendia que o desconforto também faz parte do processo. É justamente ele que nos movimenta, que nos provoca e nos empurra para dentro. Foi tentando aliviar esse incômodo que iniciei minha busca por respostas, ou ao menos por alguma explicação que ajudasse a dar sentido àquilo que eu sentia.

Filosofia, propósito e a busca existencial

Minha iniciação nesse caminho se deu através da Gnosis, uma escola que compartilha ensinamentos esotéricos ligados a antigas tradições humanistas. Foi um primeiro contato transformador, que despertou em mim o desejo de aprofundar ainda mais minha compreensão sobre a vida e sobre mim mesmo.

Esse impulso me levou à Nova Acrópole, uma escola de filosofia à maneira clássica. Ali encontrei uma linguagem mais estruturada para muitas das inquietações que carregava. A filosofia passou, então, a me acompanhar como uma bússola silenciosa, algo que me orienta até hoje.

Ao mesmo tempo, a vida profissional exigia presença. Por mais que eu tentasse conciliar minhas reflexões com o cotidiano dos negócios, chegou um momento em que precisei mergulhar mais profundamente no mundo do trabalho para me desenvolver, ganhar experiência e estruturar minha trajetória como empreendedor. Foram anos de muita dedicação, projetos, tentativas e aprendizados. Mas, como é comum nesse ritmo, nem sempre conseguimos equilibrar a entrega com os cuidados necessários com o corpo e as emoções.

Quando o corpo fala: sinais, sintomas e a busca por ajuda

Depois de anos tentando equilibrar minha busca interior com as exigências da vida profissional, comecei a perceber que algo não ia bem. Meu corpo passou a dar sinais de que precisava ser ouvido. Não foi algo que surgiu de repente, mas o resultado de um acúmulo silenciosode tensões, sobrecargas e emoções não elaboradas – que, com o tempo, começaram a se manifestar fisicamente.

Foram semanas difíceis. Sintomas que antes eu ignorava passaram a interferir na minha rotina, exigindo uma escuta mais atenta. À medida que investigava o que estava por trás desses sinais, comecei a perceber que havia muito mais acontecendo em níveis mais sutis: padrões emocionais repetitivos, dificuldades em estabelecer limites e uma tentativa constante de corresponder a expectativas, minhas e dos outros.

Com o tempo, ficou claro que lidar com tudo isso sozinho seria um caminho mais difícil e, talvez, limitado. Foi então que, com o incentivo de quem me acompanhava de perto, decidi iniciar um processo terapêutico. Essa escolha, feita no momento certo, abriu um novo ciclo na minha jornada de autoconhecimento.

A terapia me ofereceu um espaço seguro para olhar com mais gentileza para minhas histórias, revisar crenças antigas e desenvolver novos recursos internos para lidar com as emoções. Não foi um processo imediato, e nem sempre confortável, mas foi, sem dúvida, um ponto de virada. Um caminho de volta para mim mesmo, conduzido com presença, escuta e a consciência de que o autoconhecimento também passa pelo corpo.

O labirinto das camadas: razão, emoção e a complexidade do ser

Com o avanço da terapia, comecei a perceber que o processo de autoconhecimento não se limita a tomar consciência de algo. Nossas questões transitam por diferentes camadas, algumas mais fáceis de acessar, outras mais sutis e complexas. Muitas vezes, permanecemos por um tempo na dimensão intelectual, tentando entender tudo com a mente. E, de fato, há certo alívio em encontrar explicações. As peças parecem se encaixar, ainda que apenas no plano racional.

Mas, em algum ponto, essa camada se mostra insuficiente. Passamos a perceber que, mesmo compreendendo, seguimos repetindo padrões. A mente tenta dar conta, mas não alcança tudo. Foi aí que comecei a notar o quanto é fácil – e até confortável -racionalizar demais. O viés cognitivo, inclusive, é um mecanismo que conheci e aprofundei no Thinking Lab. Ele mostra como a mente cria atalhos que nos afastam de percepções mais amplas.

Ao me abrir para outras dimensões – como a emocional, a psicológica e a espiritual – fui descobrindo nuances do meu ser que ainda não tinham sido plenamente escutadas. Na dimensão psicológica comportamental, por exemplo, encontrei muitas crenças e condicionamentos que influenciavam minha forma de perceber a realidade. E mesmo após reconhecê-los, percebi que a mudança real só acontecia quando eu conseguia acessar camadas mais profundas.

Em vários momentos, mesmo com consciência sobre emoções e padrões, me vi repetindo os mesmos caminhos. Foi quando compreendi que havia uma dimensão ainda pouco explorada: a emocional. Um território sensível, de entrega, onde a razão já não tem tanto domínio, e onde, talvez por isso, resistimos tanto a entrar.

O despertar de novas dimensões e a inspiração por trás do Feeling Lab

Hoje sigo navegando por essa dimensão emocional, ao mesmo tempo em que me permito explorar outras, como a espiritual e, mais recentemente, a artística. A arte, em suas muitas formas, tem se revelado um canal potente de expressão do inconsciente. Quando nos abrimos para sentir, sem a necessidade de entender tudo, criamos espaço para que algo novo emerja.

O que minha jornada tem me ensinado é que compreender a si mesmo envolve transitar por múltiplas dimensões do ser. Cada uma delas nos oferece pistas, revelações e possibilidades de reconexão. Se, em algum momento, você já se sentiu frustrado por “já ter tentado de tudo” e ainda assim se deparar com os mesmos desafios, talvez seja hora de olhar para outras camadas, aquelas que ainda não foram totalmente acessadas ou acolhidas.

Foi esse entendimento que me motivou a criar o Feeling Lab, um espaço dedicado a apoiar o processo de autoconhecimento a partir dessas diferentes camadas do ser. Um convite para que possamos, juntos, escutar com mais profundidade aquilo que vive em nós e nos abrir para novas formas de perceber, sentir e viver. Que essa reflexão te inspire a dar os próximos passos na sua própria jornada. E, se fizer sentido, conte comigo nesse caminho.

Autor

Sou um apaixonado pelo estudo da mente humana, com mais de 20 anos de experiência em comunicação, marketing e negócios.

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